segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Francisco.

Chico, dizem que depois de toda tempestade há um sol quente e acolhedor. Se haverá, ainda não sei, ainda nem sequer sei quanto tempo falta para amanhecer. Mas, se o sol tivesse face, seria a minha, que irradia permanentemente após ler tua carta. Se felicidade tivesse nome, seria o meu. Se o que te pertencesse tivesse endereço seria o de minha residência. Flutuo calmamente pelo chão, dançando, cantarolando, talvez voando, não sei ao certo. Você chega amanhã e me traz contigo. Um “eu” que a muito tempo não vejo, que habita em teu corpo desde que teus olhos cruzaram com os meus na Avenida Santa Tereza. Quando chegar, lerá em mim tudo que está escrito aqui, porém em meu corpo. Lerá, não só com olhos, mas também com tuas mãos e tua boca… Palavras escritas em meus contornos, cravadas na alma e molduradas para você.

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