sexta-feira, 29 de abril de 2011
Cicatriz.
Palavras, atitudes, gestos, pensamentos, opiniões, uma pitada de gênio e de peculiaridade. Tudo tão incalculável, irracional e tão fundamental. Tudo isso faz de nós o que nós somos e consequentemente faz com que as pessoas ao nosso redor, notem isso e escolham se gostam ou não. Isso faz com que pessoas se apaixonem. E são essas as coisas que fazem essas mesmas pessoas chegarem ao “termino de um afeto”. Termino de um afeto, porque não existe o “desamor” nem nada do gênero. E a explicação é clara. Ninguém acorda de manhã e pensa que não vai mais amar, pronto, acabou ali. Isso demora. Demora amar e demora aprender a viver sem esse amor. Ou simplesmente, supera-lo. Porque o encanto, pode até ser imediato, mas amor, amor não. Quando gostamos de alguém gostamos de tudo que essa pessoa é, porque as coisa boas dela, abafam qualquer coisa ruim que a mesma possa ter. Mas com o tempo, o cruel tempo que enferruja, envelhece, que consome… Esse tempo, desgasta as coisas a ponto de tornar-se insuportável. Você passa por fases e no começo parece que alguma parte do seu corpo - vísseras, pulmões, fígado, ou seja lá qual órgão foi junto com a pessoa - órgão tal de suma importância que se faz lembrar a ausência a cada entrada e saída de ar, a cada pulso batido… E depois, quando esse mesmo tempo sente pena de você e resolve te ajudar, te dar um empurrãozinho, você se reconstrói e muda, criando um outro órgão até então inexistente. Só há um problema nisso tudo. Fora de órgãos e fora do que possamos ver ou entender, existe algo chamado alma. E essa alma, agora machucada, carrega uma cicatriz que pode ser a primeira ou a ultima, mas nunca a única!
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