terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Abri a porta.

Eu abri a porta e estendi um tapete vermelho para você entrar. Toda aquela preocupação com o ambiente, com o figurino, com isso e aquilo. E eu abri a porta. Esperei em pé para não descansar e encarei essa pedaço de madeira aberta a madrugada inteira. Eu fiz o que você me pediu, eu fiz tudo o que cabia a mim fazer e tudo que cabia ser feito nessa situação em si. Eu dei abertura para você entrar, pegar pra você. Simplesmente fazer morada e tomar posse. Porém, foi como abrir uma gaiola esperando que o passarinho entrasse dentro dela, quando na verdade a intenção dele era nunca mais voltar. Tudo um ponto de vista oposto. Um ângulo de visão até favorável, porém nem um pouco realista. Só agora entendi que todo esse tempo você só queria era sair da gaiola. Era passar na porta sim, mas para bem longe do tapete vermelho e sair daqui. Sair de mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário