domingo, 4 de dezembro de 2011

Amando os defeitos um do outro.

Muitos já gostaram de mim e muitos já disseram me amar. Muitos se encantaram com minhas qualidades, meu senso de humor e meu gosto musical. Porque é fácil elogiar o belo e querer o bom. Então foi fácil conviver comigo enquanto eu era isso e apenas isso. O problema nisso, é que eu não sou apenas isso. Nunca serei e todos os defeitos escondidos debaixo do tapete serão descobertos. E foram. Tarde demais para conhecer um outro alguém, não cabe três nesse relacionamento, ponto final. E foi cansada de todo esse retrocesso que te encontrei na esquina da amargura como eu, aquele teu copo de whisky brilhando a meia luz. Te chamei no canto, onde poderíamos conversar. Ali abri meu armário para te mostrar todos os meus defeitos. Te disse minhas atitudes equivocadas e todas as vezes que machuquei pessoas que não mereciam ser machucadas. Você me sorriu então, foi igualmente sincero e se refrescou com um leque de canalhices. Aquele jeito prepotente e a maneira suja de me puxar pro canto e levantar minha saia. Nossos defeitos se encontraram e se amaram, se encaixaram uns aos outros num molde jamais visto. Talvez seja tão diferente por isso, talvez seja tão bom por isso. É real e completo. Qualidades e defeitos expostos para serem amados. E nós dispostos a ama-los.

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