sábado, 11 de fevereiro de 2012
Perdão.
Coloquei o melhor disco de rock para tocar, comprei o meu vinho preferido. Por fim, quase apelei para que Julio Iglesias me fizesse chorar. Quem sabe assim todo aquele sufoco no peito passaria. E nem sendo mais humilde, pedindo apenas algo que me apetecesse, conseguia. Meus olhos não brilhavam e aquela sensação só aumentava vendo o corpo que vagava pela casa, sendo penalizado pelas atitudes que sequer cabiam a ela. E cabiam a mim? As vezes acho que deveria ser forte por mim e por ela. Levantar dessa cama e dizer que seria capaz de mudar. Mas, mais uma mentira a essa altura seria realmente o correto a se fazer? Eu me mantinha calada, inalando todo aquele medo que me paralisava. Todo o choque de simplesmente não saber o que se fazer. Eu queria assumir toda a dor para mim mesma, eu queria saber acalmar o peito amargo que sofre a dor conjunta que só eu causei. Eu queria poder concertar as coisas, eu queria poder ser o que eu não sou. E não ser o que eu realmente sou. Eu queria ter a chance de explicar que mesmo querendo tudo e tanto, as coisas não mudarão. Que eu já tentei, que eu já fiz, mas isso não cabe a minha decisão nem a sua dor. Isso não cabe a nós duas. Então, perdão por não ser quem você esperava. Perdão por não ser forte o suficiente de levantar e encarar as caras moribundas de tamanha decepção.
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