quarta-feira, 18 de abril de 2012
Incendiou.
Eu tenho tanto a dizer que me retraio e consumo as próprias palavras. Vou guardando para mim cada vestígio que me saia sem pensar, assim prendo-me aos meros mortais que não possuem insônia, não tomam café e até o cigarro eu deixei para lá. Me esguio de outros seres, me poupando dessa convivência hipócrita. Limito-me a mim, que mesmo entre mil defeitos, ainda sei bem até onde caminhar. Ou não, também me perca entre os passos que dou. E nesse caminho você apareceu - seja lá quem seja você - e me desconcertou. Me deixou atrás de palavras que descrevessem aquele bendito ou maldito olhar. Não se insulte com o macabro, mas que diabos era aquilo? E nós não saberemos se sequer fui capaz de perguntar seu nome antes que você se levantasse. Me deixando com um frio na barriga e mais mil palavras atravessadas na boca. Não que eu quisesse falar, nesse momento só gostaria de possuir a oportunidade de demonstrar o que sua aparição incendiou.
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