quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Feliz velho ano.
Ironicamente, falar sobre o ano novo remete a falar do velho e de tão utópico chega a ser nostálgico. E nesse mar de nostalgia, mergulho, vestida de negro. A paz deverá habitar o coração dos homens, são suas vestes. Assim, de luto pelo mundo, permaneço no fim do ano que também é o final da década. O que você estava fazendo a 10 anos atrás, exatamente? Se você não lembra agora, quem dirá na próxima década, após agüentar mais perdas imensuráveis e castigos que a vida lhe dará severamente. Você não lembrará do café da manhã no botequim da esquina, nem do porre que tomou naquela terça feira, a bronca que levou do chefe ou aquele pé na bunda de doer o corpo todo. Você não lembrará da sua vida inteira nem no momento da sua morte. O flashback que fazem você acreditar nos filmes é mero marketing. O máximo que irá lembrar é a queda que levou aos 5 anos e carrega a cicatriz na testa e de como sua mãe parecia linda, sorrindo na porta do quarto ao apagar a luz... Tudo isso acabará tão brevemente quando for demolido pelo resto do tempo, se tornarão sonhos perdidos na imensidão do tic tac do relógio. Sua vida inteira não pode ser baseada em divisão de anos, horas, ou coisas assim. Nasça, cresça e morra, mas não se limite a contar as horas disso. Só viva! Viva o velho ano novo.
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