quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Metáforas literais.

Minha mente é bem mais sacana do que a de Caio Fernando Abreu. Talvez até mais homossexual, mas ainda estou em dúvida sobre isso. E anda mais confusa e louca do que a de Vincent Van Gogh. Eu tenho esse meu jeito escroto pra falar da vida. Gosto de sexo, de mulher, de maconha, de álcool. Não sei em qual momento da vida me perdi ou me encontrei. Me deixei ir e busquei. E se é pra falar de mim, vamos ser sinceros e realistas uma vez na vida. Essas representações débeis que faço de mim me colocando no masculino, e colocando nomes pra dizer que não é sobre aquela mulher que fodi sem nem saber o nome. Eu estou mentindo, eu estou usando metáforas. Eu sempre faço isso e até agora que jurei com a mão na bíblia dizer a verdade: Não estou, não. Se sou moleca mulher maluca ou mulher moleca maluca já não me importa mais. Sou os três em um devaneio complexo e irregular. Quase sempre linear e ignorado pelos corpos que cruzam com o meu na rua a meia noite. Eu poderia me comparar a muita gente e ainda assim não conseguiria dizer o quão perturbada é a mente de alguém tão escrota como eu. Não agrado e nem faço por onde. Imponho respeito por bem, por mal ou por mero acaso. Desinteresso-me, não me permito sentir nada além da irrelevância. Melhor do que repulsa, melhor do que descaso, melhor do que abrir os olhos. Me vê outro gole porque o fígado, o pulmão, os neurônios são todos meus. E até a ausência deles, é problema meu! De resto, me ignora e eu te ignoro. Me morde e eu te como. No final já não faz mais tanta diferente se estou mentindo sobre mim ou para mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário