terça-feira, 5 de junho de 2012
Nathalia
"Por amor as causas perdidas" Já diria Humberto em Dom Quixote. E aqui estou eu remoendo sua história a quatro dias, roendo as unhas que já não existem mais, escutando e re-escutando o Acústico do Engenheiros com a música que apelidei com muita propriedade de sua. Hoje conversamos, você me olhou perdida e cansada de migrar entre boca e olhos. Concordou querendo entrar em meus abraços, se perder nos braços que um dia renegou. Eu não sei quantos outros se atraem por esses casos sem soluções, quantos perdem seu tempo nas delicadezas diárias de examinar o que o outro não mostra. Te observo cansada, chegando do trabalho e tragando sua expectativa junto com o último Carlton do maço. Conta as moedas da 1ª gaveta e compra outro no buteco da esquina. São 180 reais por mês, ou eram até seu surto aumentar e o vício consequentemente ir ao mesmo caminho. Sabe-se lá quem disponibilizará paciência e persistência de todos os dias encará-la e novamente, com delicadeza e perseverança, admirar a beleza que há sob a escuridão das suas pálpebras cansadas. Deixe-me ser seu amor, seu porto seguro, seu resguardo, qualquer coisa que não te deixe ir para longe de mim e de si. Não se perca nos mesmos bares em que andas e não perca o que te resta, da memória à sanidade, justo neste ponto crucial. Roube-me pra ti desde que me devolve você. Porque até uma causa perdida merece saber o que realmente vale. E há se você soubesse enxergar a ti mesma sob meus olhos, veria que o mundo está debaixo dos seus pés esperando apenas um passo seu.
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