Longe de toda a madrugada, de todo álcool, de todos os homens. De toda e qualquer pretensão que alguém me desejasse. Com os fios de cabelo no rosto, o olhar baixo, as pernas que se jogavam no banco do lado sem modo algum. Lá estava, com minha camisa larga do AC/C, minha havaiana velha herdada de algum cara que esqueceu no meu apartamento e meu livro do Bukowski, Crônica de um amor louco. Me senti Janes Joplin em sua cidade natal, tendo de permanecer nessa cidade pequena onde tudo e todos são altamente previsíveis. A diferença, era nenhuma cidade de São Francisco para me salvar e nenhuma heroína para me matar. Como se minha sina fosse viver inerte nessa depressão pós eu. Pós o ser que esquecera de ser quando estava sóbria. 
Nenhum comentário:
Postar um comentário