quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Como uma música do Engenheiros do Hawaii.

Quando pseudas escritoras se apaixonam por pseudos escritores. Antes de te conhecer, li e reli cada parágrafo de texto seu. Como se me apaixonasse a cada palavra que dizia. Empregando os verbos no momento certo com absoluta certeza a cada definição. Os textos que a pessoa escreve diz muito sobre si, se não tudo. Ou era o que pensava antes de me inspirar a escrever também. Aí nós nos apaixonamos e você deixou de escrever, porque enquanto eu falava de amor, você era bem mais técnico e jornalístico. Falava de filmes, livros e afins. Me apaixonei pelo seu gosto musical e seu conhecimento geral. Aos assuntos, em sua total pluralidade. Resumidamente, em aproximadamente cinco meses de relacionamento seus poucos textos relacionados a sentimentos são sempre destinados a tristezas e desilusões que pouco se assemelham a suposta alegria que vivemos nesse apartamento. Digo "suposta" porque algo começou a me incomodar quando eu queria me ler em cada trecho seu. Se me admirasse tanto como uma música do Engenheiros do Hawaii, você escreveria para mim. Não que eu tivesse algum tipo de pretensão ou algo do gênero, quem me lê agora pensa que queria ser o centro do seu mundo. Quando na verdade, não é bem isso. E é exatamente sobre isso, sobre não ser bem assim. Nem tudo o que eu escrevo é literal ou faz algum sentido. Minhas atitudes são contraditórias, cometo erros a quase todo o tempo. Sou uma confusão e você me conhece, me tem e sabe exatamente como eu sou. Eu sei que se passa na sua mente o mesmo que se passa da minha. Porque tanta tristeza e desilusão, por que tanta confusão? Se dentro de nós a paz, felicidade e amor. Sentimentos tão puros e lindos que mesmo de prache descrevem cada partícula do que somos agora. Um só. Quem te lê assim, não te vê aos meus olhos. Não vê suas bochechas, seu sorriso encantador, seus olhos sonolentos de quem trabalhou o dia inteiro. Ninguém te vê com os olhos de mulher apaixonada, terrivelmente apaixonada, que sou e estou ao te ver desfilar suas perninhas magras na minha frente. Todo seu formato é exatamente o que eu quero ao meu lado dormindo e acordando todos os dias e estou dizendo isso claramente e diretamente ao permanecer do seu lado, amando você. Pseudo escritora ou não, sou uma mulher que ama e ponto. Não há outro parágrafo para continuar o que direi em uma hora, quando você chegar do trabalho e entrar por aquela porta.

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